No processo de incubação, numa primeira fase as fêmeas perdem todas as penas situadas na zona ventral e peitoral. Só as irão repor uma vez terminada a época de nidificação, num processo de muda de plumagem denominada muda pós-nupcial. Durante a fase de perda destas penas, assiste-se a um aumento de fornecimento de sangue, verificando-se o crescimento dos vasos sanguíneos e o aumento da temperatura da zona ventral e peitoral (Fig. 1). Normalmente esta fase corresponde à finalização da construção do ninho e à postura dos primeiros ovos. A incubação tem início aquando da colocação do penúltimo ou do último ovo. Nesta fase, aparece líquido entre a pele e o músculo, favorecendo o aumento de superfície da ave que vai estar em contacto com os ovos, permitindo a transferência de calor (Fig. 2 e 3). Após a eclosão, durante o processo de alimentação dos juvenis, a vascularização deixa de se notar bem como regista-se o desaparecimento do líquido existente debaixo da pele, passando esta a ficar cheia de rugas finas e secas (Fig. 4). Só mais tarde, para meados de Setembro, as primeiras penas vão nascer. Vem todo este discurso a propósito de na ultima sessão que realizei na Estação de Esforço Constante de Brasfemes, com recurso a "funnel-traps", das 20 fêmeas capturadas, 13 apresentavam pelada de incubação classificada com os códigos 2 e 3. E para quem estiver interessado em registar estes códigos, está aqui um documento explicativo das peladas de incubação
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March 2024
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