As alterações que ocorrem num habitat que esteja a ser monitorizado, provoca por vezes a suspensão do trabalho que está a ser efectuado, ou no mínimo a mudança para local situado nas proximidades que tenha o mesmo tipo e estrutura do que estava a ser estudado.
Um dos problemas para quem pretende estudar uma colónia de Andorinha-das-barreiras é o facto de as condições do local onde a colónia está instalada deteriorarem-se rapidamente, por erosão, pela continuação da actividade humana, caso das saibreiras e areeiros e pelo crescimento de vegetação. Estou a falar das colónias que conheço ou conheci na região do Baixo Mondego e Gândaras. Por isso, quando começamos a monitorizar esta colónia, tanto o Luis Silva (chefe do estudo) como eu e outros que damos a nossa colaboração, dificilmente viríamos a imaginar que o nosso maior problema no estudo desta colónia, seriam os carros estacionados em cima do passeio. Mas com este mal podemos nós.
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E foram 3 os Jardins de Infância que participaram em outras tantas sessões de anilhagem de aves no Paul da Madriz. A saber o de Soure, Vinha da Rainha e Pouca Pena. Perguntava um amigo também funcionário no mesmo serviço que eu, por estes dias de deslocações pelo norte do país, se ainda fazia coisas do ICNB. Poucas, pouquinhas e cada vez menos, respondi-lhe rindo. Mas por vezes aparecem algumas, que são feitas principalmente atendendo a quem pede do que propriamente obedecendo a uma estratégia de contacto, informação e divulgação com os residentes da zona. Estas foram feitas a pedido do João Carlos Martins, professor no Agrupamento de Escolas de Soure, velho conhecido do início da década de 90, quando foram estabelecidas parcerias com esta escola secundária, para o desenvolvimento de projectos Ciência Viva, Galileu e outros, que provocaram uma intensa actividade de sensibilização ambiental e de investigação em vários espaços naturais do Concelho de Soure, incluindo o Paul da Madriz. E assim, foram feitas estas três sessões, esperando que algo tenha lá ficado a germinar naquelas cabeças. Não me esqueço de um miúdo do Jardim de Infância de Soure, que nos seus 5 anos de idade ouviu algumas coisas que eu falei numa visita ao paul e que encontrando-me mais tarde, já com 18 anos, contava que nunca se tinha esquecido dos nomes científicos das aves que tinha visto na minha mão Dos dados recolhidos, fica o primeiro registo de uma muda activa que verifico este ano, aqui pelo Baixo Mondego (na Faia Brava apareceram uns quantos). Tratou-se de um macho de Erithacus rubecula que, como expliquei aos meninos do JI da Pouca Pena, o pai começou a mudar para uma roupa melhor, enquanto a mãe ainda trata dos filhos.
Já são habituais os convites da ATN - Associação Transumância e Natureza para que desenvolvamos sessões de anilhagem em ocasiões especiais na vida desta associação, como agora, nas comemorações dos 15 anos de existência.
Para nós é sempre um prazer retornar à zona das Hortas da Sabóia, pela beleza cénica do local, bem como pelas aves que podemos observar e capturar naquela área. As redes ainda foram montadas na sexta-feira ao final do dia, uma sessão foi realizada no sábado, decorrendo a sessão de demonstração no domingo, esta sob ameaça de chuva, mas à qual escapamos incólumes. Depois de desmontado o material, ainda demos um pulo à zona do Pocinho, para encontrarmos dois casais de Oenanthe leucura. Está disponível uma galeria fotográfica aqui |
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March 2024
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