Homem enrascado é pior que mulher bêbada. Uma das máximas que é regularmente proferida nestas sessões de anilhagem, pelos mais diversos motivos. Nesta sessão de hoje, poderia ter sido aplicada na fase de desmontagem do material de anilhagem, principalmente na arrumação da tenda de abertura explosiva, mas que custa proceder à sua desmontagem. Mas para isto já todos nós temos a táctica das fases de desmontagem: importa atingir a fase em que a tenda toma a forma de um pénis. Depois é so rodar e ensacar. Se duvidam, vejam as instruções, no canto inferior esquerdo. Quem vai para o mar, aparelha-se em terra Neste blogue nunca se há-de escrever que o café ficou em casa como já li noutros. Aqui vamos todos bem aviados como seria de esperar. Tudo que é bom dura pouco e não acaba cedo Charadrius hiaticula, Charadrius alexandrinus, Calidris minuta e Calidris alpina. O resto é conversa.
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Depois da sessão do Taipal, fomos para o Paul da Madriz, para iniciar neste período de inverno o trabalho de anilhagem de Anthus spinoletta. Esta espécie tem escolhido esta zona humida nos ultimos anos como dormitório, utilizando uma zona de vegetação herbácea. As folhas destas plantas depois de secas adquirem um aspecto emaranhado, sendo aqui que as Anthus spinoletta instalam-se durante a noite. Em vez dos habituais palmo e meio de água, estava bem mais do que isso, dificultando quer a montagem de redes, quer a deslocação para o local. Já esperava que a noite não ia ser afortunada, pois era provável que a espécie escolhesse outro local e assim fez. O paul da Madriz, rico em ilhas flutuantes e por isso, a vegetação que lá existe nunca fica submersa, foi nelas que as Anthus escolheram como local de dormitório. Apesar de próximas ao local escolhido, foram somente seis os indivíduos capturados. Logo que os níveis de água normalizem, estou certo que será mais fácil a montagem do equipamento e aumentada a sua eficácia. No dia 21, a habitual sessão com a montagem das linhas 1 e 2. Estranho a enorme quantidade de Fringilla coelebs que andavam a alimentar-se nos bosques ripícolas onde tenho instaladas as linhas e daí o número de aves capturadas. Participaram o Pedro Lopes e o Rui Machado
Salienta-se nesta sessão os razoáveis números de Emberiza schoeniclus capturados e ainda a captura tardia de Acrocephalus scirpaceus, que é um dos mais tardios que tenho. Participaram o Pedro Lopes e o Rui Machado É bastante comum encontrar lesões no abdomen de Turdus merula, principalmente em redor da cloaca, sem que eu soubesse até agora a causa destas lesões. Após ter lido o pedido de colaboração que transcrevo, comecei a imaginar uma provável causa para o registo de lesões deste tipo na grande maioria dos melros que capturo.. Os melros devem andar a masturbar-se em pedras rugosas ou paus afiados. Dear colleagues, My co-authors and I are trying to survey which species of birds masturbate for a phylogenetic analysis. There is a pretty good literature on masturbation in mammals, but hardly anything on birds. As there are several theories about why masturbation has evolved, we would be extremely grateful if anyone who is very familiar with behaviour in a particular bird species would be willing to complete the following survey and send it back to me at: [email protected] Many thanks, and sorry for the unusual request. Tom Price, University of Liverpool Questionnaire about masturbation in birds What we want to know: Please tell us about any bird species you have seen masturbate, or any species where you are reasonably confident you would have observed masturbation if it occurred regularly in that species. If you are expert in multiple species, it would be great if you would tell us about as many of them as you can, using multiple sheets if you want, or focus on the species you are most confident about. Feel free to answer N/A or "don't know" to any of the questions below. The behaviour we are looking for: We define masturbation as a bird having sex with an inanimate object or their own body (e.g. beak). Birds typically masturbate by rubbing their cloaca against an inanimate object, often a rock, branch, or something in their cage. This may lead to ejaculation in males. Species of bird: Have you observed masturbation by a bird of this species (Y/N)? If not, how confident are you that you would have seen it if it occurred (very/fairly/not very/not confident)? If you did see masturbation in this species: What was the sex of the birds that masturbated (M/F/both)? Approximately how many individuals of this species have you seen masturbate? Were they in captivity (captive/wild)? Were they solitary (alone/with same sex/with opposite sex/with both sexes)? Were they hand reared (hand/parent)? Were they adult (juvenile/adult)? Do you consider the bird(s) to have been in good condition (good/bad)? Are there any other details you think we should know? Please forward your questionnaire or any questions to: Dr Tom Price: [email protected] Tom Price Institute of Integrative Biology Biosciences Building, Crown Street University of Liverpool Liverpool L69 7ZB +44 151 795 4523 http://drthomasprice.wordpress.com/ http://blogs.exeter.ac.uk/wedellgroup/ Não era preciso teres vindo Já se previa que viria visitar a sessão, mas esperava que não fosse um daqueles visitantes que entrasse com tanto estardalhaço. Para quem trabalha em ambiente florestal já sabe que nesta altura do ano, passa mais tempo a retirar folhas das redes do que aves. Mas hoje exagerou-se, fazendo recordar-me de uma sessão na Mata da Margaraça, onde estive seis horas a tirar folhas de castanheiros da rede e no final ainda tive de colocar duas redes cheias de folhas dentro dos sacos e depositá-las na minha garagem à espera de coragem para limpar aquilo tudo. Bem, hoje em Ferrestelo, foi tal e qual, até nas duas redes cheias de folhas dentro dos sacos. Mais exactamente 300gr de folhas. Para resolver isto, aplico a velha táctica de passar as redes para sacos de pano, colocá-las em sítio quente durante 3 a 4 meses, depois amassa-se tudo muito bem e uma vez retirada a rede do saco e aberta, as folhas desfazem-se em pó. Ou então, em sessões mais calmas, colocar os formandos a limpar isto. Talvez seja melhor. Resultados da sessão Esta foi a primeira sessão de um programa de capturas regulares no Estuário do Mondego, com periodicidade mensal, mas cuja programação é quinzenal. Nada de confusão, pois a previsão é de uma sessão por mês, mas são escolhidos os dois períodos mais favoráveis em cada mês, para que no caso de um período “falhar”, serve como alternativa o segundo. Hoje, apesar do vento constante e forte, decidimos arrancar para esta sessão. O primeiro a avançar para o terreno foi o Luís Silva, que passou a manhã a visitar todo o complexo de salinas, para depois ser escolhido o melhor local. Pelo meio da tarde cheguei eu para iniciar a montagem das redes numa das salinas escolhidas. Pouco depois chegaram o Ricardo Lopes, Vanessa Mata e o Alexandre Cardoso que prepararam uma linha de redes numa salina perto. O ultimo, o afogueado Rui Machado, chegou já as redes estavam praticamente montadas. Capturaram-se três espécies, Charadrius alexandrinus, Charadrius hyaticula e Calidris alpina. Nada mau para os iniciantes em limícolas. Resultados da sessão Pouco a dizer, referenciando-se a chegada dos habituais invernantes, no caso de Emberiza schoeniclus e Remiz pendulinus e o controlo de duas aves com anilha estrangeira, um Phylloscopus collybita com anilha inglesa e um Emberiza schoeniclus com anilha francesa. Participaram o Pedro Lopes e o Rui Machado. Os pontos vermelhos no mapa correspondem a recapturas em Portugal de aves anilhadas no estrangeiro e os pontos pretos correspondem a aves anilhadas em território nacional e posteriormente recapturadas em vários países. Este trabalho corresponde a uma complilação que está disponível nesta web-page sobre este tema. Anilhas portuguesas: http://pqt.weebly.com/anilhas-portuguesas.html Anilhas estrangeiras: http://pqt.weebly.com/anilhas-estrangeiras.html |
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March 2024
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