Cada tolo a sua mania e eu tenho a mania dos paus-de-subir-as-redes. Normalmente ando com um extensível, em alumínio que me satisfaz bastante para as funções de subir e descer as redes de captura. Mas tambem ando acompanhado por outro, mais especial, guardado num saco de pano e que não serve para mais nada que não seja ir dentro do carro. Normalmente feito de madeira, que por algum motivo chamou-me a atenção e que após ter-me acompanhado na captura de 10.000 aves, guardo-o num expositor e ali fica na companhia dos anteriores.
Quando começa a chegar o momento de ser substituído, procuro outro pau que sirva para aquilo que basicamente é: um amuleto. Feitas as contas por alto, estou a 390 aves de chegar ao total de 80.000 aves anilhadas até agora. Tá na altura da troca e já estou a tratar do assunto.
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Acabado de processar uma Felosinha controlada com anilha inglesa e eis que recebo um e-mail da Central Nacional de Anilhagem a enviar o historial de outra Felosinha com anilha inglesa que tinha sido controlada neste mesmo local em Novembro de 2015. Coincidência ou talvez não, mas tenho impressão que pelo sim pelo não, venho aqui anilhar no dia do meu aniversário já que em outra altura também controlei uma Escrevedeira-pigmeia com anilha holandesa. Pode ser que esta não traga anilha :-) Mas por falar em escrevedeiras, primeiro registo de Escrevedeira-dos-caniços neste período invernal. Para dar confusão, a captura de uma Viuvinha-bico-de-lacre juvenil. Se os adultos em eclipse que observei no ano passado na Praia de Mira já me deram para fazer asneira na identificação, agora com um juvenil que nunca tinha observado, mandei uns bitaites mas errados. Acertaram o Luis, a Cristiana e o Pedro, o que agradeço. Ora sabendo-a misturada com um bando de Bico-de-lacre bastava na altura ter puxado um pouco mais pela cabeça. A Senhora do Circulo em todas as sessões faz-me ficar bem satisfeito com a descoberta e escolha deste local para instalar uma estação de anilhagem. O Paulo Ferreira comentava a quantidade de aves que via e ouvia por todo o lado, mencionando a existência de plantas ainda em floração e outras repletas de bagas e frutos. É um local fantástico que faz-me sair bem cedo de casa para ter as 4 linhas a funcionar bem cedo. E hoje exagerei. A ave do dia foi a Escrevedeira-de-garganta-preta, espécie que gosto de observar e de capturar nesta zona. Tambem digna de realce a captura de uma Felosa-bilistada, mas neste caso, quando se coça a cabeça a tentar saber quantas já anilhei é porque a coisa já deixou de ter um grau de emoção elevado. Se fosse a outra parecida ou a outra com a risquinha ao meio, já aqui estava uma bi-selfie com o habitual dedinho do meio bem espetado no ar e dedicado aos amigos a compor a fotografia Nota: A escolha da ave do dia, já originou uma troca de sms. A resposta tem sido a mesma: "Gosto de ser cagão de quando em quando" :-) . Mas já foram 4.
Quando detectei esta Toutinegra-de-barrete, ficou para ultimo a sua retirada das redes. Foi a primeira a ser manuseada, o saco de pano depois foi isolado, esfreguei as mãos com Lifo Scrub, depois todo o material de anilhagem envolvido no processamento da ave e finalizei com a desinfecção novamente das mãos com Lifo Scrub e toalhetes húmidos daqueles que usamos no campo para limpar o rabinho.
Tudo isto porque, como escreveu o Filipe "Já agora, provavelmente é varíola, lava as mãos para daqui a uns tempos não teres uma população de pássaros-rinocerontes. É pegadiço" De resto a sessão foi normal, nada de mais a realçar. No final, desloquei-me para o Taipal para preparar a linha de anilhagem no caniçal, pois amanhã espero lá estar para outra sessão, aproveitando os ultimos dias de férias. Depois de por ordem do senhor doutor ter estado imobilizado na caminha com problemas de costas, sabe bem estar de volta aos negócios. Mas não é necessário, pois não é preciso puxar muito pela cabeça para saber que uma linha de anilhagem em caniçal que não foi visitada em dois meses, não estava propriamente preparada para receber uma sessão de anilhagem. Daí que uma hora antes do habitualmente necessário, lá andei a calcar herbáceas e a partir o caniço. A linha ficou mais ou menos, mas carece de um intervenção mais activa, marcada para o meio da próxima semana. Nesta sessão do Taipal, regista-se a recaptura de Pisco-de-peito-azul que tinha sido anilhado em 2011 e um Bico-de-lacre anilhado em 2013. Excelente numero de Rouxinol-bravo anilhados e ainda o primeiro Chapim-de-mascarilha da temporada Mas esta semana de anilhagem começou na Senhora do Circulo com o Henrique acompanhado pela filha Leonor, que nos seus cinco anos já sabe o nome cientifico da Felosinha, sabe o nome comum de algumas aves e não gostou do que o Torcicolo faz com o pescoço. E também continua a não gostar do Chapim-real, que numa sessão anterior no Choupal foi acusado de lhe ter dado um beijo um bocado bruto. Esta sessão tem relevância pela captura de Toutinegra-de-barrete-preto e pelos dois Torcicolos capturados A segunda sessão foi feita na Madriz com a ajuda da Ana Coelho, que para alem de ter anilhado grande parte das aves, tambem procedeu à recolha das redes da linha 2, desta vez mais curta do que o habitual. Na véspera quando acondicionei as redes nos sacos, enganei-me numa rede e em vez de ter trazido uma de 15m, trouxe para a sessão uma ultra-light de 12m, por confusão com os sacos vermelhos onde estão acondicionadas. Já troquei o saco vermelho para um azul por via das coisas.
Bom numero de Toutinegra-de-barrete-preto capturados e ainda a primeira Felosinha da temporada. |
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March 2024
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