Desde 2017 que não tenho registos da ocorrência desta espécie no Paul do Taipal, cuja presença neste caniçal teve o ponto alto em 2010 com a captura de 28 indivíduos e a nidificação confirmada em 2009.
Provavelmente os indivíduos que frequentavam este caniçal no período de invernada provêem da população que nidifica na Europa Central (Alemanha e Républica Checa) onde foram controlados no período de nidificação três indivíduos anilhados no Paul do Taipal. Os restantes registos, provavelmente são paragens desta população a caminho do local de invernada. Este registo bastante antigo, mas que só agora chegou ao meu conhecimento, passa a ser a sexta deslocação desta espécie que detenho na minha base de dados, sendo a quarta deslocação registada do Paul do Taipal para outro país e o segundo na Alemanha.
0 Comments
Então e rapinas? Não vamos às rapinas?
Os putos são tramados, volta e meia, os formandos aparecem com esta pergunta. E eu respondo, meio trocista, que "com calma, elas vêm ter connosco". Hoje foi o dia das rapinas, logo duas, dois exemplares lindos de Gavião. E eu lá recomendei que nunca, e voltei a frisar, NUNCA manuseia-se uma ave destas como um passeriforme, que as unhas não fazem festas na pele. Como é natural, eufóricos por terem um predador nas mãos, nem ligam às recomendações, especialmente quando digo enfaticamente que NUNCA devem largar os tarsos. Mas acabo por gostar de ver um formando a ficar com os dedos tipo peneira, com os pontinhos vermelhos de sangue a aparecer naquelas peles ainda de crianças. Por isso, quando retirei estes dois indivíduos da rede, sorri a adivinhar o que ía acontecer. Sorriria a dobrar se a Isa aparecesse para anilhar o segundo, mas estava em lides ornitológicas distantes deste local. Foi pena, teria sido uma manhã duplamente divertida. Em primeiro lugar, vou debruçar-me para a primeira sessão a que diz respeito esta publicação. Realizada no dia 22 de Setembro, produziu um bom registo de Papa-moscas-preto e com a captura de duas Felosinha-ibérica podemos concluir que a todos os envolvidos, esta sessão foi bastante produtiva. Participou o Ricardo Vieira, formando do GVC, que veio conhecer outros locais e outras formas de trabalho, bem como aumentar os seus conhecimentos e técnicas para obter a credenciação de anilhador. Na sessão do dia 7 de Outubro comecei a registar a muda pós-juvenil da Toutinegra-de-cabeça-preta e do Melro, que juntam-se ao trabalho que estou a realizar com o Verdilhão. Todos sabemos que a Toutinegra-de-cabeça-preta por vezes desenvolve uma muda pós-juvenil bastante estranha e daí o meu interesse em efectuar esse registo. Mas a maior surpresa veio de um Verdilhão, anilhado no meu quintal como juvenil no dia 21 de Julho 2019, pois apresentava muda suspensa, já que deveria ter efectuado a chamada muda completa, momento em que os adultos de Verdilhão mudam toda a plumagem. No entanto este indivíduo não mudou as três secundárias mais interiores em ambas as asas. Foi a primeira vez que registei uma muda suspensa desta espécie. Neste período de pandemia, também no Reino Unido foram colocadas restrições a actividades de monitorização, como a anilhagem.
Mas nem todos obedeceram, já que um Rouxinol-pequeno-dos-caniços anilhado no Paul do Taipal em 2015, foi controlado na Reserva Natural Farlington Marsh em plena pandemia, cinco anos mais tarde. Um autentico resistente. Passados todos estes anos após a sua recaptura, finalmente chega o historial deste indivíduo da espécie Phylloscopus collybita - Felosinha. Anilhado na Escócia, nas proximidades de Glasgow, em Julho de 2014 como adulto, é controlado no Paul do Taipal alguns meses mais tarde, em Novembro. Uma viagem em linha recta de 1.758km, para uma pequena ave, que na altura da seu controlo pesava 6,4 gramas
|
Arquivo
March 2024
Categories |