Passaram uns tempos desde que fiz o ultimo registo dos resultados das sessões e por isso, algumas das histórias ou motivos que me levam aqui a escrever, já foram ultrapassados, mas não resisto a contar a história que aconteceu numa das sessões. Trouxe o Henrique a família para assistir a essa coisa da anilhagem de aves, e obviamente que uma das estrelas da sessão, foi a filha mais velha, a Leonor, que dos 3 ou 4 anos, estava curiosa em observar a anilhar as pequenas aves que o pai ia comentando em casa. Já sabemos como é: festinha com a ponta dos dedos na ponta das penas, uma primeira libertação de uma ave anilhada a medo, afinal a coisa não é assim tão complicada, torna-se mais afoita e acha que a delicadeza do pisco transmite-se ao chapim e depois de uma trincadela de um chapim-real no dedo, eis que, acontece o momento que os podem levar a ter medo e a odiar o que estavam a fazer até então, ou ultrapassam o percalço com a nossa ajuda. Quando vi o queixo a começar a tremer, vi logo que a brincadeira tinha ali terminado e lancei um "foi um beijinho que ele te deu". Lá expliquei que as aves têm lábios duros e não moles como os humanos, que os beijos deles são diferentes, mas que são dados com o mesmo sentimento, que é o que conta nestes casos. Mais tarde, recebo um sms do Henrique, que descrevia uma conversa entre pai e filha sobre o que ela tinha visto durante a manhã. "Então o que aconteceu de manhã? O passarinho deu-te um beijinho" "Sim, deu um beijinho, mas foi um bocado bruto". Numa das sessões, capturei um Sylvia atricapilla que apresentava uma secundária em cada asa de diferente geração. O interessante era a diferença grande no tamanho, comparativamente com as restantes.
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March 2024
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