Nestes dias de anilhagem só estiveram presentes três anilhadores do maior grupo de anilhadores portugueses e tambem o mais activo por sinal, o Group Not Defined. Foi pena que o Luis Silva, o Nuno Paulino e o Paulo Ferreira, nao tivessem possibilidades de estarem presentes, mas outros momentos vão aparecer. A primeira fase, durante os dias 16 e 17, desenvolveu-se nas instalações da Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro - UTAD - Vila Real, a convite da Cooperativa Rupestris - www.rupestris.com Dado que o objectivo era proporcionar uma formação introdutória da anilhagem científica de aves, a parte teórica ficou dividida entre mim e o Paulo Travassos (Laboratório de Ecologia Aplicada-UTAD). Temas como os objectivos da anilhagem, história, os anilhadores, manuseamento de uma ave e normativos legais foram abordados durante o primeiro dia. Enquanto isso o Pedro Lopes e o Rui Machado procediam à escolha de locais e posterior colocação das redes de captura em funcionamento. O fina do sábado e a manhã de domingo foram passadas na parte prática de captura e anilhagem, algo prejudicada pela chuva que se fez sentir por vezes. Temos a agradecer a forma impecável com que todos nos receberam e um grande obrigado à Ana Morais. Fotografias de Ana Morais Depois tinha dois dias de folga pela frente, que foram aproveitados para proporcionar ao Rui Machado a formação que necessita para um dia obter a credencial de anilhador. Já possuindo a credencial de Aprendiz, foi a primeira vez que me acompanhou numa viagem destas e assim, de Vila Real, partimos em direcção à Faia Brava. Mas o primeiro a aproveitar a deslocação para esta zona fui eu, com a sabedoria do Pedro Lopes a proporcionar-me uma das espécies que mais gostava de anilhar: Chasco-ruivo Com a chegada à Faia Brava foi a vez do Rui anilhar 9 espécies novas, só possíveis com o enorme esforço e empenho do Pedro. Foi bastante positivo esta ida a este local, porque possibilitou um aumento de experiência ao Rui, com novas espécies, outras técnicas de captura e outros locais. Mas não só, pois a pedido da ATN, recebemos um grupo de alunos holandeses e competiu ao Rui explicar detalhadamente o que estávamos ali a fazer.
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Hoje foi a vez de um grupo de meninos e meninas assistirem a uma sessão de anilhagem de aves, com a particularidade de não estarem integradas numa turma de uma escola, mas por estarem a frequentar o ensino doméstico. E para hoje os pais escolheram uma aula ao ar livre, para aprenderem algo sobre a natureza e especialmente sobre aves.
Para que a sessão corresse da melhor forma possível contei com uma grande ajuda do Henrique Letra, que frequenta as minhas sessões sempre que a sua actividade profissional e familiar o permite.. Que aves provenientes de centros de recuperação não contam. Mas o que isso vale para um anilhador que não faz a mínima ideia do número de espécies que já anilhou? Mas que eu nunca tinha colocado uma anilha num flamingo, isso tinha a certeza absoluta e por isso foi satisfeito quando ouvi o meu colega Pedro a perguntar-me se não me importava de anilhar um flamingo que ía ser libertado, pois o Ricardo Brandão tinha-se esquecido de o anilhar à saída do CERVAS. -" Ó Pedro, vou já a casa apanhar alicate a anilhas" Antes da libertação perguntaram-me pela minha opinião sobre um possível local de libertação e eu lá aconselhei as salinas industriais na Braço sul do Estuário do Mondego. - "Então segues à frente a indicares o caminho" E lá fui eu a pedir aos anjinhos que colocassem meia duzia de flamingos no local, para que a libertação deste indivíduo corresse pelo melhor. Quando a chegar, começo a ver centenas de pontinhos brancos e rosa no meio de um dos talhões, saí do carro e: - " Estão a ver, se não fossem os VN do ICNF a organizar, isto não corria tão bem :-) Mas humores à parte, assim que pego na anilha MR e olho para as tíbias da ave, torci logo o nariz Preferi trocar por uma anilha MS que ficou perfeita Antes desta libertação, foi libertada uma Águia-pesqueira que foi encontrada no Estuário do Mondego com ferimentos típicos de electrocussão. A sorte é que foi imediatamente encontrada e entregue aos cuidados primeiro do QRAM e depois do CERVAS. Tratava-se de um individuo já frequentador desta zona durante o Inverno (já o tinha observado por telescópio em anos anteriores) e que tinha sido anilhado em 1999 na Alemanha
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March 2024
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