Chloris chloris
Não recordo o ano, mas lembro-me que foi uma discussão épica entre vários anilhadores à volta de um Verdilhão capturado durante a campanha de anilhagem de migradores na Lagoa de Sto André. E foi perante o esmiuçar da plumagem daquele juvenil que eu comecei a prestar mais atenção à muda pós-juvenil de algumas espécies e em particular do Verdilhão.
Durante vários anos tentei desenvolver trabalhos de captura desta espécie, em vários locais, mas foi no meu quintal que atingi o maior sucesso na sua captura, instalando oito armadilhas de funil e organizando sessões periódicas de captura e anilhagem. É nestas sessões que recolho dados sobre este processo de muda das penas que os juvenis efectuam após a época de nidificação.
O que é a MUDA? A muda é o acontecimento na vida de uma ave, em que ela substitui as penas velhas por penas novas. Este processo, bastante exigente do ponto de vista energético e temporal, acontece quando a vida da ave está estabilizada, isto é, não acontece durante períodos exigentes para a sua sobrevivência, como a migração e a nidificação.
Os juvenis após a saída dos ninhos começam por fazer uma muda pós-juvenil que pode ser da totalidade da plumagem, como por exemplo a efectuada pelo Pardal-doméstico ou o Chapim-rabilongo. Outros mudam parcialmente a plumagem como o Chapim-real ou o Melro.
No caso do Verdilhão, os juvenis mudam toda a plumagem do corpo, seguindo-se as penas da asa e caudais. Na asa, todos eles mudam as coberturas pequenas e médias. Depois alguns ficam por aqui, perto de 4,8%, não mudando mais nenhuma pena. Todos os outros mudam penas das asas e caudais, em percentagens diversas. Do total de registos de muda pós juvenil, só 1,6% é que efectuou uma muda completa. E este valor surpreendeu-me, pois sempre considerei que esta espécie apresentava valores bastante superiores. Aliás era apontado na bibliografia sobre a espécie de valores próximos dos 10% para a espécie, como no livro Moult in birds de H B Ginn & D S Melville é apontado um valor entre 10 e 20% de juvenis que fazem muda completa
Durante vários anos tentei desenvolver trabalhos de captura desta espécie, em vários locais, mas foi no meu quintal que atingi o maior sucesso na sua captura, instalando oito armadilhas de funil e organizando sessões periódicas de captura e anilhagem. É nestas sessões que recolho dados sobre este processo de muda das penas que os juvenis efectuam após a época de nidificação.
O que é a MUDA? A muda é o acontecimento na vida de uma ave, em que ela substitui as penas velhas por penas novas. Este processo, bastante exigente do ponto de vista energético e temporal, acontece quando a vida da ave está estabilizada, isto é, não acontece durante períodos exigentes para a sua sobrevivência, como a migração e a nidificação.
Os juvenis após a saída dos ninhos começam por fazer uma muda pós-juvenil que pode ser da totalidade da plumagem, como por exemplo a efectuada pelo Pardal-doméstico ou o Chapim-rabilongo. Outros mudam parcialmente a plumagem como o Chapim-real ou o Melro.
No caso do Verdilhão, os juvenis mudam toda a plumagem do corpo, seguindo-se as penas da asa e caudais. Na asa, todos eles mudam as coberturas pequenas e médias. Depois alguns ficam por aqui, perto de 4,8%, não mudando mais nenhuma pena. Todos os outros mudam penas das asas e caudais, em percentagens diversas. Do total de registos de muda pós juvenil, só 1,6% é que efectuou uma muda completa. E este valor surpreendeu-me, pois sempre considerei que esta espécie apresentava valores bastante superiores. Aliás era apontado na bibliografia sobre a espécie de valores próximos dos 10% para a espécie, como no livro Moult in birds de H B Ginn & D S Melville é apontado um valor entre 10 e 20% de juvenis que fazem muda completa
2017 - 2020
Comparando os dois gráficos, na esquerda o gráfico disponível na obra Moult and Ageing of European Passerines e na direita o gráfico resultante da análise dos 313 registos de muda pós-juvenil que obtive.
Analisando os dois gráficos verifica-se que não existem diferenças em relação à muda das penas da cauda.
Em relação à asa, verifica-se que mudam menos vezes a cobertura carpal, mais vezes a alula n.º 1, as terciárias n.º 8 e 9, e praticamente todas as secundárias e primárias. Interessante é o facto de mudar com menor frequência as coberturas das secundárias
Analisando os dois gráficos verifica-se que não existem diferenças em relação à muda das penas da cauda.
Em relação à asa, verifica-se que mudam menos vezes a cobertura carpal, mais vezes a alula n.º 1, as terciárias n.º 8 e 9, e praticamente todas as secundárias e primárias. Interessante é o facto de mudar com menor frequência as coberturas das secundárias
Se separarmos os registos por sexo, verifica-se que a muda pós-juvenil dos machos é mais extensa, comparativamente com as fêmeas. Mudam em maior percentagem as coberturas das secundárias, terciárias, primárias e coberturas das primárias.
Resultados por anos
Separando os dados por anos, verificam-se diferenças no processo de muda pós-juvenil., parecendo que no ano de 2018/19 os juvenis optaram por mudar menos secundárias e primárias, bem como as respectivas coberturas.
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