Se a montagem do material de captura é feita sempre de estômago vazio, o tempo de espera entre a montagem e a primeira visita às redes tem de ser ocupada de alguma maneira. Como não vale a pena estarmos a olhar uns para os outros, porque não somos lindos, se o fossemos teríamos formandas e não formandos, mais vale tomar um bom pequeno almoço e dar dois dedos de conversa. O de hoje não foge ao habitual, se bem que os ultimos formandos que tenho já vêm compostos de casa e ficam a olhar para mim. Pois que olhem. Já o Rui é feito de outra loiça e ambos sabemos ao que vamos. Por isso a mesa de anilhagem, antes das aves serem processadas é ocupada com outras coisas. Se esta sessão não visava nenhum objectivo específico, nem recolha de informação para algum projecto em desenvolvimento, serve para dar formação ao formando em estádio mais avançado, serve de treino na escolha de locais e de posicionamento de redes num local novo (desenvolver o tal olhar de anilhador) e tambem de aprimorar novas técnicas de captura de algumas espécies das quais conheço pouco. Por isso, após a captura de Pardal-francês neste local no passado dia 20, fiquei a pensar como poderia proceder a uma técnica que possibilitasse a captura desta espécie em numeros mais relevantes, que não a mera captura acidental, como até agora. E estou certo de ter conseguido, pois em duas horas de tentativas, a captura de 20 indivíduos é um indicativo da eficácia da técnica.
Registou-se ainda a muda de 10 Verdilhões, todas diferentes entre eles e dos obtidos na sessão de ontem. Fica uma correcção para quem leu o post de ontem, que eu ter considerado acidental a muda das duas caudais mais interiores de um indivíduo é capaz de não ser verdade, pois hoje foram obtidos mais registos iguais. Sempre a aprender.
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March 2024
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