...mas com esta história da pandemia e do confinamento, o meu quintal arrisca-se a ficar para a posteridade como um dos locais onde anilham-se mais aves neste país. Vale a pena o esforço, diga-se de passagem, se bem que em dias como foram os de este fim de semana, é preciso muito esforço para sair da cama. Ao passar pelas casotas dos cães nem a ponta dos focinhos veio cumprimentar o chefe da matilha (ou se calhar já não sou). Depois foi verificar o que nem era preciso verificar, as redes estavam congeladas. Por preguiça ainda as esfreguei para ver se as conseguia abrir, mas lá remeti-me à evidência e fui buscar outras à garagem e troquei-as. No sábado a sessão foi feita no local onde está a funcionar a Estação de Anilhagem de Esforço Constante, com capturas baixas, poucas aves presentes no local. Alguns registos de muda pós-juvenil, como o do Melro da imagem. Interessante verificar que mudou a cobertura carpal sem ter concluído a muda de todas as grandes coberturas, que é um comportamento pouco habitual. No domingo a habitual sessão com o recurso a armadilhas de funil a que somei três redes de 15m. Os Verdilhões já sabem o que são redes de captura e quando elas estão armadas, limitam-se a ficar poisados nos salgueiros que fazem limite aos terrenos dos vizinhos. Por isso a sessão na parte da manhã limitou-se a correr calma e serena. Fui almoçar, retirei as redes e só deixei as armadilhas e instala-se a confusão, com dezenas de Verdilhões a poisarem no local e a serem capturados nas armadilhas e assim foi uma tarde de intenso registo de mudas pós-juvenil desta espécie. Fica a nota que grande parte dos indivíduos destas espécie tem níveis altos de gordura, para o que é normal registar, quase todos com 3 e 4 na escala.
O olho direito de um dos Tentilhões capturados, estava seco. Não faço ideia do que aconteceu, mas quando foi anilhado em 2018 não foi registada qualquer deficiência.
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March 2024
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