O trajecto entre a minha residência e o Centro Interpretativo da Reserva Natural do Paul de Arzila leva-me a passar quase diariamente em frente a este muro, situado na localidade de Ameal. Desde sempre vi sair dos buracos dos tijolos de drenagem a Andorinha-das-barreiras e também de murmurar que era interessante fazer o seguimento desta colónia, situada num local que em princípio não sofre a evolução dos tempos.
Todas as colónias que conheci no Baixo Mondego desde finais da década de 80 do século passado, estavam instaladas em taludes de estradas e antigas saibreiras, quase todas ilegais, bastante comuns na zona. Desde então, os taludes foram sendo ocupados por vegetação e as antigas saibreiras alvo de ocupação florestal e cada vez mais vejo esta espécie de andorinha a ocupar os buracos de drenagem de muros. O primeiro contacto que tive com esta realidade foi no muro da escola básica de Montemor-O-Velho, em buracos bastante baixos, que as andorinhas para tomarem voo, passavam por debaixo das viaturas das professoras que ali os estacionavam. Outro muro estava situado em Verride. Mas sempre colónias pequenas, nada semelhante a colónias de outrora. Esta colónia situada neste muro é pequena, talvez perto de vinte casais, mas vou contactar o proprietário para obter autorização para aprofundar cinco buracos em cada tijolo de modo a facilitar a ocupação e construção do ninho. E depois, anualmente, fazer o seu acompanhamento e seguimento. E ainda dá para entrar ao serviço antes das oito horas.
0 Comments
Leave a Reply. |
Arquivo
March 2024
Categories |